Os Indicados ao Oscar Minha Crítica dos Indicados
Aqui estão as notas e as críticas de nove dos dez filmes que eu assisti do Oscar, esta grande porém da para ir por tópicos, então se sente confortavelmente, pegue uma pipoca e se divirta.
Conclave (Idem – Reino Unido/EUA, 2024)
Direção: Edward Berger
Roteiro: Peter Straughan (baseado em romance de Robert Harris)
Elenco: Ralph Fiennes, Stanley Tucci, John Lithgow, Sergio Castellitto, Isabella Rossellini, Lucian Msamati, Carlos Diehz, Brían F. O’Byrne, Merab Ninidze, Thomas Loibl, Jacek Koman, Loris Loddi
Duração: 120 min.
Assisti ao filme Conclave hoje, minhas expectativas eram relativamente altas, indo contra meus princípios de mantê-las baixas, dessa vez seguindo uma fascinação quase infantil sobre a temática que desde seu trailer inicial me cativou. O thriller britânico-estadunidense, que acabou de chegar aos Brasileiros dirigido pelo mesmo diretor de Nada de novo no fronte Edward Berger e escrito por Peter Straughan, baseado em um romance de mesmo nome escrito por Robert Harris.
Uma das coisas que mais me chamaram a atenção foi definitivamente a fotografia do filme, cada frame que eu via servia como pintura, a atenção aos ângulos o enquadramento e os filtros trazendo um aspecto frio duro, mostrando o quanto a situação é delicada, o uso da palheta de cores remetendo aos tradicionais figurinos eclesiásticos traz a sensação de urgência perigo e desconfiança, os tons vermelhos dos cardeais em fundos claros trazem ao aspecto de que eles são perigosos, enquanto os tons escuros e azulado das irmãs remetem a o fato delas se camuflarem no ambiente . A trilha sonora ajuda a criar esse ambiente claustrofóbico, com notas detonantes agressivas deixando o telespectador na ponta da cadeira o tempo todo.
Roteiro brilhante com linhas de diálogo extremamente profundas e complexas
As atuações impecaveis por parte dos coadjuvantes e que se duistacam prota e a atriz codijuvante e o mexicano que é arquiteto a 30 anos, eu acredito que o unico fator que me desconectou do filme é seu final e sua curta duração, entendo que é responsável por isso seja o livro porem snti que conclave se manteve contido em si mesmo, por isso, pelo pouco desenvolvimento dos temas abordados minha nota é 4,5 estrelas.
O Brutalista (The Brutalist) — EUA, Reino Unido, Canadá, 2024
Direção: Brady Corbet
Roteiro: Brady Corbet, Mona Fastvold
Elenco: Adrien Brody, Felicity Jones, Guy Pearce, Joe Alwyn, Raffey Cassidy, Stacy Martin, Isaach De Bankolé, Alessandro Nivola, Ariane Labed, Michael Epp, Emma Laird, Jonathan Hyde, Peter Polycarpou, Maria Sand, Salvatore Sansone, Zephan Hanson Amissah, Charlie Esoko
Duração: 214 minutos
Denso, pesado, atmosférico, brutal, essas são de fato adjetivos que descrevem o filme estrelado por Adrien Brody e dirigido por Brandy Cobert. Nascido do concreto — material que desafia a delicadeza sem firme sólido, duro, frio e repleto de fissuras por sua dureza cinzenta –, o estilo é usado pelo diretor para encarnar um paradoxo: a busca por reconstruir, sobre escombros pessoas que passaram por situações tão críticas e duras que isso se empregou em seus corações pessoais. Rorbet, ao entrelaçar a estética brutalista à narrativa, não apenas evoca a aspereza do concreto, mas a transforma em linguagem: as linhas brutas da arquitetura cercam a topografia de uma alma traumatizada e em colapso, enquanto as janelas estreitas e o teto alto de um prédio cultural, que tomará a maior parte do filme, sugerem a claustrofobia de quem tenta, em vão, escapar de seus próprios alicerces.
O brutalismo, em sua essência arquitetônica, firma-se como metáfora para a condição humana em como o béton brut pós-guerra, que rejeitava ornamentos em favor da honestidade construtiva, e assim como o protagonista László (interpretado com densidade por Adrien Brody) que em busca de ergue-se como um edifício, com bases sólidas que não foi destruído pela guerra mas sim muito danificado, onde cada rachadura expõe a tensão entre a angústia íntima e a necessidade de funcionalidade social.
Ambientado no pós-guerra, período de ebulição urbana, explosão demográfica e influxo migratório europeu aos Estados Unidos, O Brutalista entrelaça a jornada do protagonista à estética arquitetônica, usando-a como metáfora sociohistórica ao explorar as contradições de um “sonho americano” que, encarna um protagonista cuja jornada se entrelaça com a ascensão profissional e as tensões num lugar onde segundo o próprio “ não nos quer aqui”. Adrien Brody mostra uma atuação excepcional, um homem devastado e mostra a real experiência de um pessoa que fugiu de seu país indo sem nada sendo jogado de um lado para o outro e tentando sobreviver, mostrando sua dor seu desamparo seu desespero onde por vezes chega a suplicar para que consiga o mínimo para sobreviver, ao mesmo tempo mostrando um orgulho e uma sinceridade franca, demonstrado pelo projeto do prédio que está fazendo.
Mesmo com todos esses fatores acredito que esse filme não seja merecedor de oscar de melhor filme, ele é um filme de impacto mais a decisão de fazer uma pausa na metade do filme,me tirou da imersão e angústia proposta e me lembrou que a narrativa era um filme de desconectando da obra, coisa que Conclave, Ainda Estou Aqui e Anora mantém com primor, além de seu final ser corrido e cortado sofrendo do mesmo mal de conclave por isso minha nota para o filme é 4,5 estrelas.
Ainda Estou Aqui (Brasil 2024)
Direção: Walter Salles
Roteiro: Murilo Hauser, Heitor Lorega (baseado na obra de Marcelo Rubens Paiva)
Elenco: Fernanda Torres, Fernanda Montenegro, Selton Mello, Otavio Linhares, Maeve Jinkings, Marjorie Estiano, Antonio Saboia, Camila Márdila, Valentina Herszage, Humberto Carrão, Helena Albergaria, Dan Stulbach, Luiza Kosovski, Olívia Torres, Caio Horowicz, Gabriela Carneiro da Cunha, Maria Manoella, Carla Ribas
Duração: 136 min.
O filme “Quando Ainda Estou Aqui” (2024), dirigido por Walter Salles, estreou no prestigiado Festival de Veneza, um dos principais eventos no caminho para o Oscar. A obra rapidamente gerou grande repercussão nas redes sociais e foi aclamada pela crítica nacional e internacional. Salles adota uma abordagem sóbria, imprimindo um tom político potente à narrativa. Inspirado no livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, o roteiro revisita a dolorosa trajetória da família de Rubens Paiva — deputado cassado, exilado e, em 1971, assassinado pela ditadura militar. A trama oferece um retrato emocionante sobre a perda, ambientada em um dos capítulos mais sombrios da história do Brasil.
Focado nos bastidores familiares dessa trágica história, o filme expõe o drama de uma família marcada pela repressão e violência estatal contra aqueles vistos como "inimigos" do regime. Salles conduz a narrativa com atuações sólidas, construindo um retrato denso da época, mas sem deixar de incluir a figura clássica do "militar humano" — uma escolha frequente nesse tipo de enredo. A história se concentra em Eunice, vivida por Fernanda Torres, esposa de Rubens Paiva, interpretado por Selton Mello. O diretor não poupa sutileza; ainda que revele a violência dos militares, foca nas reações íntimas de Eunice e dos filhos, membros da elite carioca.
Quando a tragédia alcança a família, Salles, que tem grande familiaridade com esse meio social, retrata o governo autoritário como uma força que retira tanto os direitos básicos quanto os privilégios dessa elite. A partir desse ponto, o filme alterna entre o suspense, o drama claustrofóbico e o trauma familiar, mantendo um ritmo intenso e preservando o peso emocional da narrativa ao longo de suas mais de duas horas de duração. A violência do período não é mostrada diretamente, mas é sentida naquilo que permanece implícito. A expressividade de Fernanda Torres é o ápice do filme, transmitindo, através de olhares, uma mistura complexa de emoções — força, desespero, esperança, raiva e tristeza, num exemplo preciso da máxima de "mostrar, não contar".
No entanto, o brilho maior do filme está na atuação de Fernanda Torres, que percorre uma jornada de transformação de dona de casa da alta sociedade a vítima do regime. Sua performance nos momentos de aflição e perda é profundamente tocante. A escolha de uma granulação na imagem remete à estética da década de 1970, enriquecendo o visual do filme. A direção de Salles é amplificada pela cinematografia primorosa de Adrian Tejido, que combina planos em câmera na mão com composições cuidadosas de luz e sombra, e pela trilha sonora envolvente de Warren Ellis. Minha nota final para esse filme é 5.
Nickel Boys (EUA, 2024)
Direção: RaMell Ross
Roteiro: RaMell Ross, Joslyn Barnes, Colson Whitehead
Elenco: Ethan Cole Sharp, Sam Malone, Najah Bradley, Aunjanue Ellis-Taylor, Jase Stidwell, Legacy Jones, Ethan Herisse, Jimmie Fails, Ky’druis Follins, Gabrielle Simone Johnson, Peter Gabb, Bill Martin Williams, Ellison Booker, Taraja Ramsess, Zachary Van Zandt
Duração: 140 min.
Baseado no romance de mesmo nome, O Reformatório Nickel (Nickel Boys) utiliza tanto de referências de sua inspiração literária quanto de uma realidade perturbadora: os crimes da Dozier School for Boys, reformatório na Flórida onde décadas de violência institucionalizada (com denúncias investigadas e comprovadas de espancamentos, estupros, torturas e assassinatos cometidos contra os internos) ocorreram sob a máscara da “reeducação de párias sociais“.O artista cria um forte produto emotivo e visualmente experimental, convidando-nos a encarar as atrocidades apresentadas, mesclando o terror íntimo de dois internos com as marcas profundas da opressão racial nos Estados Unidos. E tudo isso acontecendo nos anos 1960, auge das lutas pelos direitos civis no país, adicionando uma ironia afiada que torna a narrativa ainda mais impactante.
Os roteiristas neste ponto erguem um drama que pode ser tanto um “estudo de personagem” quanto uma análise de ambiente e contexto histórico, abrindo um caminho de suposições criando uma constante aura de mistério, tensão e mau estar. Porém há um exagero no time que os enigmas duram, numa fase do filme em que os diálogos e a percepção geral já deveriam desabrochar e levar o longa à sua resolução. Consequentemente, a reviravolta . Ainda assim, a constatação é poderosa e, novamente, traz uma lufada de dor para o público, infelizmente o diretor acaba resolvendo tudo muito rápido na reta final, tornando assim artificial a resolução dos enigmas.
A obra revisita a memória histórica da violência institucional, da fragilidade das identidades pessoais e as muitas cicatrizes deixadas por escolhas feitas num mundo estruturalmente hostil. RaMell Ross mistura subjetividade crua com intervalos quase oníricos, não apenas humanizando as vítimas de um sistema desumano, mas também desafiando a audiência a confrontar esse legado de opressão que ainda ecoa. Se, por um lado, as escolhas narrativas diferentes enfraquecem as cenas impactantes, o filme brilha quando se trata de nos transmitir a dor individual gerando um certo grau de empatia ao longo da história na mesma medida que nos gera um afastamento por acompanharmos um protagonista sem rosto, isso gera um grande distanciamento na mesma medida que nos gera empatia, esse mix confuso de percepção cas com o lirismo poético do filme, somos testemunhas silenciosas de corpos pessoas e sonhos de corpos destroçados. Minha nota final para esse filme é 3,5.
Um Completo Desconhecido (A Complete Unknown) — EUA, 2024
Direção: James Mangold
Roteiro: James Mangold, Jay Cocks, Elijah Wald
Elenco: Timothée Chalamet, Joe Tippett, Edward Norton, Eriko Hatsune, Peter Gray Lewis, Peter Gerety, Lenny Grossman, David Wenzel, Scoot McNairy, Riley Hashimoto, Eloise Peyrot, Maya Feldman, Monica Barbaro, Dan Fogler, Reza Salazar, David Alan Basche, James Austin Johnson, Joshua Henry, Boyd Holbrook, Elle Fanning
Duração: 141 min.
Expressar num filme cheio de nuances e personagens intensos, transitando por diferentes gêneros e explorando, figuras complexas ou períodos históricos que buscam desafiar convenções e expectativas não é uma tarefa simples, porém é muito bem executado pelo diretor e roteirista James Mangold em sua adaptação dos trabalhos de Elijah Wald – Dylan Goes Electric! Newport, Seeger, Dylan, and the Night That Split the Sixties (2015) – Um Completo Desconhecido não se caracteriza por ser uma cinebiografia convencional, mas um mosaico de momentos que tentam decifrar — ou, talvez, reforçar — o mistério de um artista em crescimento. Ao centrar-se nos anos de 1961 a 1965, período em que Dylan passou a dar destaque à guitarra e ao rock, se afastando um pouco mais do folk, o filme mergulha numa revolução cultural e parece seguir os passos do próprio Dylan, temendo, por algum motivo, revelar demais.
A interpretação do Timothée Chalamet , traz a aura característica e necessária de mistério em torno do personagem priorizando a sugestão sobre a imitação. Seu Dylan é um quebra-cabeça de poses, caras, bocas e principalmente silêncios: as performances com a gaita, a risada contida, a postura blasé, de quem parece estar vestindo uma armadura que pesa muitos quilos, e a chave de emoção — tudo isso aparece aqui numa performance que não chega aos pés dos outros concorrentes, mas é sim muito boa.
Mostrando um artista jovem que respeita sua fonte e se esforça para criar algo único, sem mímicas ou exageros dispensáveis. Em cenas como o embate com Pete Seeger (Edward Norton), Chalamet mostra um pouco mais de nuance, demonstrando um nível bem medido de rebeldia, sarcasmo e manipulação, deixando claro o quanto o artista não queria ser guiado a vida inteira por um mesmo caminho. A direção, contudo, não permite que o ator revele muita coisa, e o recorte de tempo do longa também não abre espaço para transformações muito intensas, de modo que as motivações e os medos de Dylan permanecem envoltos em névoa, demonstrando o claro problema de cine biografias de “personagens” vivos. Há sim um certo medo de mostrar os podres de Dylan trazendo apenas um personagem bom no máximo com uma índole questionável.
Na primeira metade, com seu ritmo vagamente lento e uma ausência maior de musicalidade, o filme se apoia em clichês típicos das cinebiografias, retardando a construção de uma base narrativa sólida. Somente na segunda hora é que a obra encontra seu compasso, integrando com mais fluidez os momentos musicais à jornada do biografado e apresentando uma progressão de eventos que se comunica de forma mais direta. Mesmo que o desfecho perca parte da força acumulada, a coerência temática persiste, permitindo que o poeta siga livremente por sua trajetória e oferecendo ao espectador a chance de imaginar o percurso que se estende além da tela. Essa escolha provocou uma oscilação contínua entre desvendar e ocultar o homem por trás do mito. De modo irônico, essa hesitação pode espelhar a essência do artista, contudo, a ausência de um suporte dramático mais robusto acaba por tornar a película mais convencional do que se imaginaria, ofuscando escolhas narrativas e estacionando num território familiar e seguro. Uma boa produção que parece supervalorizar aquilo que conseguiu entregar. Minha nota final para esse filme é 4.
Anora (EUA, 2024)
Direção: Sean Baker
Roteiro: Sean Baker
Elenco: Mikey Madison, Paul Weissman, Lindsey Normington, Emily Weider, Luna Sofía Miranda, Vincent Radwinsky, Brittney Rodriguez, Sophia Carnabuci, Mark Eidelshtein, Anton Bitter, Ella Rubin, Ross Brodar, Zoë Vnak, Vlad Mamai, Maria Tichinskaya, Ivy Wolk, Karren Karagulian, Vache Tovmasyan
Duração: 139 min.
Vencedor da Palma de Ouro em Cannes em 2024, Anora é um conto moderno de Cinderela com um toque agridoce. Dirigido por Sean Baker, o filme acompanha Ani (Mikey Madison), uma dançarina erótica que se casa com o filho de um oligarca russo, Ivan (Mark Eidelshtein). Quando a família descobre a união, inicia-se uma tentativa de anulação, levando a uma mudança radical no tom do filme.
A primeira parte é marcada por um ritmo contemplativo, com Baker observando a juventude sem julgamentos. Já na segunda, a narrativa se torna mais intensa, combinando humor físico e tensão. O longa explora as diferenças sociais e o impacto do dinheiro e do poder, destacando como Ivan não tem força para desafiar sua família. O visual reforça esse contraste, dividindo-se entre a estética neon das boates e a luz dura do mundo real.
O destaque dramático vai para Igor (Yura Borisov), que, inicialmente ameaçador, se revela um apoio emocional para Ani. O desfecho revela a protagonista vulnerável, sem os luxos e ilusões que antes a cercavam. No fim, Anora entrega uma jornada agridoce, misturando comédia e crítica social com grande sensibilidade. Minha nota final para esse filme é 4.
Duna: Parte 2 (Dune: Part Two) – EUA, 2024
Direção: Denis Villeneuve
Roteiro: Jon Spaihts, Denis Villeneuve (baseado no romance de Frank Herbert)
Elenco: Timothée Chalamet, Rebecca Ferguson, Josh Brolin, Stellan Skarsgård, Dave Bautista, Zendaya, Charlotte Rampling, Javier Bardem, Babs Olusanmokun, Austin Butler, Florence Pugh, Christopher Walken, Souheila Yacoub, Anya Taylor-Joy
Duração: 168 min.
Denis Villeneuve entrega um épico visual impressionante, que mantém o tom grandioso do primeiro filme enquanto se aprofunda na transformação de Paul Atreides (Timothée Chalamet). Agora assumindo o papel de líder messiânico, Paul enfrenta dilemas políticos e religiosos, enquanto Chani (Zendaya) se destaca como contraponto crítico à sua ascensão.
A narrativa alterna entre um estudo de personagem e batalhas viscerais, embora a Guerra Santa perca impacto devido a transições abruptas. Villeneuve equilibra bem o aspecto religioso e místico, tornando a jornada de Paul perturbadora e emocionante. O elenco, no entanto, sofre reduções para favorecer alguns personagens, como Feyd-Rautha (Austin Butler), cuja presença magnética e perversa se sobressai.
O ritmo acelerado melhora em relação ao primeiro filme, mas o terceiro ato perde força. Ainda assim, Duna: Parte 2 é um espetáculo visual raro, que mergulha na construção de mundo com imersão total. Villeneuve já sinaliza um possível terceiro filme, e, enquanto isso, esta continuação se consolida como um dos grandes eventos cinematográficos do ano. Minha nota final para esse filme é 5.
Wicked (EUA, 2024)
Direção: Jon M. Chu
Roteiro: Dana Fox (baseado no livro de Gregory Maguire e libreto de Winnie Holzman)
Elenco: Cynthia Erivo, Ariana Grande, Jeff Goldblum, Michelle Yeoh, Jonathan Bailey, Ethan Slater, Marissa Bode, Peter Dinklage, Andy Nyman, Bowen Yang, Bronwyn James, Idina Menzel, Kristin Chenoweth
Duração: 160 min.
Wicked surpreende ao equilibrar fidelidade ao musical da Broadway com a grandiosidade do cinema. Dividido em duas partes, o filme recria o mundo de Oz com uma estética de cores lavadas, mantendo a energia teatral e melodramática que marcou a peça original.
Cynthia Erivo (Elphaba) e Ariana Grande (Glinda) entregam atuações carismáticas, com química irresistível. Grande destaca-se no timing cômico e na performance de Popular, enquanto Erivo carrega o peso dramático da história, culminando na poderosa execução de Defying Gravity.
Apesar de alguns cenários digitais excessivamente polidos, Jon M. Chu prioriza a emoção e a grandiosidade musical. O longa se estende além do necessário, mas mantém o encanto, preparando terreno para a segunda parte e deixando aberta a possibilidade de uma nova visão cinematográfica de O Mágico de Oz. Minha nota final para esse filme é 3.









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