Assasin's Creed o Sopro de Vida da Franquia



 Assasin’a creed é uma franquia de mais de dezoito anos, contendo quatorze titulo principais sendo seu ultimo lançamento Assasin’s Creed Shadows  após dois adiamentos em vinte de maio de dois mil e vinte e cinco pela Ubisoft . Jogo esse que conta a história de Naoee Yasuke que lutam contra una organização secreta que querem tomar o controle do Japão feudal após a pestanejarem e executarem a queda de Oda Nobunag.

Partindo do início da premissa e fugindo do óbvio já apresentado por todos os reviews de pessoas que jogaram antes de mim vou além da contextualização da história, vou falar do jogo em três momentos distintos. O primeiro a história relacionada aos assassinos e templários, o Segundo a história do presente e o terceiro a analise da evolução mecânica e gráfica em comparativos juntamente com minha opinião acerca da história do jogo e de suas inovações

Assassinos e templários

A história base de Assassin’s Creed é a luta constante entre duas ideologias ou no caso organizações secretas, os assassinos e os templários, e como foram seus embates através dos séculos. Mas você meu caro leitor deve estar se perguntando  “Mas o que Diabos a ordem cristã responsável pelas cruzadas e a ordem de hasha shin assassinos árabes treinados tem a ver com o Japão feudal?” E eu digo: historicamente nada, mas para o jogo tudo. Mas voltando às origens ou melhor a Odisseia.

Assassin’s Creed Odissey

A história dos templários se originou em meados do ano de 431 a 422 A.C onde chamados pelo nome de culto do caos buscam artefatos de uma civilização mais antiga, precursora, a fim de controlar o mundo grego. O jogo como parte da franquia não é lá essas coisas, seu visual é lindo até os dias de hoje, seu combate divertido mas ele descaracteriza a série. Funcionando muito bem comum RPG mas sem a história que é a essência de Assassin’s Creed porém como mostrado no enredo do jogo e em seus conteúdos adicionais sempre houve um grupo que ia contra o domínio do mundo.

 Assassin’s Creed origins

 Os Assassinos nem sempre tiveram esse nome — já foram chamados de Ocultos, em homenagem a um deus egípcio. No Egito Antigo, os Ocultos começaram a se organizar após o Culto do Cosmos assassinar uma criança inocente em busca de um artefato da Primeira Civilização.

O pai da criança, Bayek, um mejai (protetor do faraó), e sua esposa Aya embarcam numa jornada de vingança. Eles se aliam a Cleópatra para combater o culto e restaurar a ordem no Egito. No entanto, ao serem traídos por ela, percebem que precisarão agir nas sombras, cada um por conta própria, para manter a furtividade. Assim, decidem se separar como casal — apesar de ainda se amarem — e seguir caminhos diferentes pela causa maior.

A história do jogo é maravilhosa. Tanto Aya quanto Bayek são personagens poderosos, mas se mostram pequenos diante de grandes organizações políticas e militares. Eles percebem que confiar em grandes nomes, como Cleópatra, pode ser um erro, pois essas figuras tendem a usar os Ocultos para seus próprios interesses.

Essa percepção leva à criação de um novo tipo de resistência: pequenos grupos, descentralizados, comprometidos com a justiça e não com o poder. Assim, surge a base do que viria a ser a Ordem dos Assassinos — ou, inicialmente, os Hidden Ones (Ocultos).

Assassin’s Creed: Origins também marca uma virada na franquia. É o primeiro título com mecânicas completas de RPG, e isso, apesar de dividir opiniões, foi bem executado aqui. A história é densa, emocional e cheia de significado. Mostra como dois pais, feridos pela perda do filho, se tornam peças fundamentais de uma luta ancestral contra a opressão.

Anos depois, os Ocultos continuariam se expandindo, formando núcleos em vários países — especialmente na região da Arábia e dos Emirados Árabes. O legado deixado por Bayek e Aya se espalharia pelo mundo, e a luta deles se tornaria o alicerce da Irmandade dos Assassinos.

A evolução dos Ocultos e o surgimento da Ordem (Mirage, Valhalla, AC1)

 Com o tempo, os Ocultos se espalham pelo mundo, especialmente na Arábia. Em Mirage, vemos a transição para uma ordem mais organizada, porém ainda secreta. Já em Valhalla, o Culto do Cosmos se transforma na Ordem dos Templários, centralizando poder a partir do cristianismo na Inglaterra.

No primeiro Assassin’s Creed, em 1191, a Irmandade se torna conhecida, travando guerra declarada contra os Templários durante as Cruzadas. Altair restabelece os princípios da Ordem e escreve o Códice que guiará futuras gerações.

 

Renascimento e expansão (AC 2, Brotherhood,Revelations)

 Ezio Auditore, após perder pai e irmãos, reestrutura a Irmandade na Itália. Seu arco mostra a maturidade da Ordem, levando os ensinamentos de Altair para o mundo. Revelations conclui com a morte de Ezio, fechando com chave de ouro essa fase clássica.

Nova proposta e ambientação

Em Assassin’s Creed: Shadows, somos levados ao Japão feudal de 1526, um período marcado pela abertura gradual ao mundo externo. A grande novidade do jogo é a perspectiva de dois protagonistas jogáveis: Naoe, uma ninja, e Yasuke, o lendário samurai africano a serviço de Nobunaga.

O diferencial é que, no início, nenhum dos dois sabe o que são Templários ou Assassinos. A Ordem ainda está se adaptando ao território japonês, o que traz uma sensação real de descoberta e de construção de algo novo num terreno virgem da mitologia da franquia.

Três finais diferentes

O jogo apresenta três finais, o que pode agradar ou dividir opiniões:

    Final de Yasuke – considerado o mais canônico, mostra ele caçando e derrotando os quatro Templários, podendo ou não poupá-los. É o final mais completo e satisfatório.

    Final de Naoe – revela um segredo familiar: sua mãe não morreu como ela acreditava. Esse final tem uma carga emocional forte, mas menos impacto na mitologia da Ordem.

    Final prolongado – funciona como um epílogo estendido, sugerindo que Naoe continuará a busca pela mãe e que Yasuke seguirá expandindo a causa dos Ocultos.

Apesar dessa estrutura ser interessante, o autor da análise (eu) considera que o excesso de ramificações quebra o ritmo e torna a história desnecessariamente longa. Seria mais impactante um final único e bem resolvido.

Narrativa no presente: uma bagunça

A trama do presente — aquela baseada nas memórias genéticas via Animus — começou muito bem com Desmond Miles, protagonista dos primeiros jogos. Sua missão de reviver memórias para encontrar os artefatos do Éden foi envolvente e deu sentido à linha temporal moderna.

Mas a partir de Black Flag, tudo se perde. A narrativa é empurrada para os quadrinhos, e jogos como Rogue, Unity e Syndicate praticamente ignoram esse fio condutor. Laila surge depois como uma nova protagonista interessante, mas mesmo assim o presente permanece fragmentado e inconsistente.

Essa parte virou uma salada mista. O conceito de acessar memórias via DNA (quase como um VR ou Matrix genético) é incrível, mas mal aproveitado. A Abstergo, fachada dos Templários, deixou de ser uma ameaça concreta. O presente perdeu o peso que tinha nos primeiros jogos.

Crítica pessoal ao jogo

Apesar de Shadows ter uma jogabilidade excelente, com parkour fluido, combate empolgante e dois protagonistas muito bem construídos, a narrativa me cansou. Ela é estufada, às vezes redundante, e o modo imersivo de idiomas falha em coerência: personagens portugueses falam português de Portugal, japoneses falam japonês — mas tudo soa estranho quando estão todos juntos numa mesma cena falando línguas diferentes sem contexto histórico sólido.

A questão da escravidão no navio negreiro, por exemplo, é mal trabalhada: Yasuke, vindo de um passado traumático, interage com personagens em japonês mesmo quando cercado de falantes de português, o que gera desconexão.

Além disso, senti falta de mais variedade de trajes, e alguns elementos do parkour ainda não chegam ao nível de jogos como Unity (que mesmo sendo criticado, tinha um sistema mais ambicioso).

Top 5 pessoal da franquia

Apesar de tudo, Shadows entra no meu Top 5 de Assassin’s Creed, por causa da ambientação incrível, combate, stealth divertido e personagens marcantes.

Meu Top 5 fica assim:

    Assassin’s Creed II / Revelations – Ezio é eterno. Ver o nascimento e morte dele é um dos pontos altos da franquia.

    Origins – a origem da Ordem, Bayek e Aya são incríveis

    Unity – apesar das críticas iniciais, o parkour de Unity ainda é um dos melhores da franquia. A ambientação na Revolução Francesa é rica e bem construída, com uma Paris vibrante e cheia de vida.

    Shadows – ambientação japonesa bem feita e personagens fortes.

    Mirage – retorno às raízes, mesmo com uma história mais fraca, tem identidade.

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