Cyberpunk 2077 2.0 e a volta do genero cyberpunk

 

Cyberpunk 2077 is a perfect example why I'm a PC gamer | Trusted Reviews 

 

 

Em dezembro de 2020, o mundo dos videogames testemunhou um dos lançamentos mais aguardados da história recente: "Cyberpunk 2077". Este jogo não apenas prometia ser uma experiência de mundo aberto em escala épica, mas também marcaria a volta em grande estilo do gênero cyberpunk à cultura pop. Vamos explorar a ascensão do gênero cyberpunk, a antecipação em torno de "Cyberpunk 2077", os desafios enfrentados pelo jogo e seu impacto na cultura.

A Expectativa em Torno de Cyberpunk 2077

A CD Projekt Red, conhecida por seu sucesso com a série "The Witcher," anunciou "Cyberpunk 2077" em 2012, criando imediatamente uma enorme expectativa. O jogo prometia levar os jogadores a Night City, uma metrópole futurista e caótica, onde assumiriam o papel de V, um mercenário em busca de imortalidade digital. O jogo prometia uma narrativa complexa, escolhas significativas, jogabilidade inovadora e gráficos de última geração. Era um sonho para os fãs de cyberpunk.

Desafios e Controvérsias do Desenvolvimento

No entanto, o desenvolvimento de "Cyberpunk 2077" enfrentou uma série de desafios. A CD Projekt Red adiou o lançamento várias vezes, alegando a necessidade de polir o jogo. Quando finalmente foi lançado, em dezembro de 2020, o jogo estava repleto de bugs e problemas de desempenho em consoles da geração anterior, como o PlayStation 4 e o Xbox One. Isso resultou em uma onda de críticas negativas e controvérsias em torno da empresa.

Com o lançamento recente da atualização 2.0 e da expansão "Phantom Liberty" para "Cyberpunk 2077", muitos jogadores estão ansiosos para saber se o jogo conseguiu se redimir de seus problemas iniciais. Vamos explorar as mudanças técnicas e a experiência de jogo após essas atualizações.

Experiência Aprimorada nos Consoles

A atualização 2.0 trouxe várias melhorias mecânicas e sistemas para "Cyberpunk 2077", além de adicionar conteúdo com a expansão "Phantom Liberty". No entanto, as mudanças visuais entre a versão anterior e a 2.0 são relativamente sutis e não representam uma transformação drástica.

Uma das principais alterações está nos modos de Qualidade e Performance dos consoles, que foram reprojetados com base em diferentes resoluções. Os resultados das análises técnicas indicam que as resoluções e a escala dinâmica variam dependendo do console e do modo escolhido (Qualidade ou Performance).

Performance Estável

No que diz respeito à performance, tanto a atualização 2.0 quanto a DLC "Phantom Liberty" apresentam um desempenho relativamente estável nos consoles. No modo Qualidade, o jogo mantém consistentemente uma taxa de quadros de 30 fps, com apenas algumas quedas ocasionais durante a exploração do mundo.

Já no modo Performance, a taxa de quadros se mantém próxima dos almejados 60 fps, embora possa haver quedas ocasionais, especialmente no Xbox Series S. Neste modo, alguns efeitos de iluminação com Ray Tracing são visíveis, embora de forma limitada em comparação com a versão de PC.

Recomendação: Modo Performance

A análise técnica sugere que a experiência geral tende a ser melhor no modo Performance dos consoles, especialmente se o seu monitor for compatível com Variable Refresh Rate (VRR), pois as quedas de quadros não são tão perceptíveis.

Tempos de Carregamento

Em relação aos tempos de carregamento, todas as versões demonstram carregamentos relativamente rápidos, com destaque para o PS5 e o PC, que se destacam nesse aspecto em comparação com os consoles da Microsoft.

Em resumo, "Cyberpunk 2077" apresenta uma experiência aprimorada após a atualização 2.0 e a adição da expansão "Phantom Liberty". Embora ainda haja algumas limitações técnicas nos consoles em comparação com a versão de PC, os jogadores agora podem desfrutar de um jogo mais sólido e melhor otimizado, marcando uma significativa melhoria em relação ao lançamento inicial do título.

 Historia de Phantom Liberty  

Phantom Liberty" é um DLC (Downloadable Content - Conteúdo para Download) que trouxe uma nova e envolvente narrativa ao mundo de "Cyberpunk 2077". Neste DLC, os jogadores embarcam em uma intrigante jornada após receberem um chamado misterioso de Songbird, uma habilidosa netrunner. Ela propõe uma solução para um problema persistente: Johnny Silverhand. O jogador é confrontado com escolhas morais complexas, e as consequências dessas escolhas têm um impacto significativo na história.

O enredo do DLC é semelhante a um thriller de espionagem, cheio de surpresas, personagens misteriosos e reviravoltas emocionantes. Ao longo de dezenas de novas missões principais, sidequests e gigs, os jogadores exploram um novo distrito, adquirem novas habilidades, itens e interagem com um mundo aberto expandido. A trilha sonora e as estações de rádio também foram atualizadas para enriquecer a experiência.

O que torna "Phantom Liberty" excepcional é a forma como as escolhas dos jogadores têm sérias implicações na narrativa, indo além das típicas consequências binárias. Cada decisão tomada desencadeia uma série de eventos e desdobramentos, proporcionando aos jogadores uma sensação genuína de impacto em toda a história.

Em resumo, "Phantom Liberty" é um DLC que eleva a experiência de "Cyberpunk 2077", oferecendo uma narrativa envolvente, escolhas morais complexas e um impacto duradouro na história do jogo. Ele se destaca como uma adição valiosa e indispensável ao universo do jogo.

 

Impacto na Cultura Pop e na Indústria de Jogos

Apesar dos problemas de lançamento, "Cyberpunk 2077" gerou um enorme impacto na cultura pop e na indústria de jogos. Ele trouxe de volta a estética cyberpunk de forma espetacular, apresentando uma cidade futurista deslumbrante e personagens icônicos. Além disso, trouxe à tona questões filosóficas e éticas, como a natureza da realidade em um mundo cibernético.

O jogo também impulsionou o interesse pelo gênero cyberpunk como um todo, levando as pessoas a revisitar obras clássicas e descobrir novas expressões artísticas dentro do gênero. O sucesso comercial de "Cyberpunk 2077" demonstrou o apetite dos jogadores por narrativas maduras e complexas em um ambiente cibernético.

 A origem do gênero cyberpunk

A cultura cyberpunk é um fenômeno cultural que se originou do movimento literário e cinematográfico cyberpunk das décadas de 1980 e 1990. Caracteriza-se por uma estética distinta que combina elementos futuristas, urbanos e decadentes. É comum ver cidades densamente povoadas, iluminadas por neon, repletas de anúncios holográficos e personagens vestidos com roupas extravagantes e cibernéticas.

Autores como William Gibson, Bruce Sterling, Philip K. Dick e Neal Stephenson se destacam nesse movimento literário. William Gibson, considerado o "pai" do cyberpunk, apresentou o conceito revolucionário de "ciberespaço" em seu livro "Neuromancer" (1984), explorando um mundo virtual onde hackers navegavam em realidades digitais. Bruce Sterling, por sua vez, abordou temas de pós-humanismo e modificação genética em "Schismatrix" (1985). Embora Philip K. Dick não seja estritamente um autor cyberpunk, sua obra influente "Blade Runner" explorou questões de realidade e identidade em um contexto tecnológico avançado. Neal Stephenson contribuiu com "Snow Crash" (1992), que aprofundou ainda mais as realidades virtuais e a cultura hacker.

A filosofia cyberpunk, que emerge dessas obras, explora temas profundos relacionados à tecnologia, identidade, poder e natureza humana. O ciberespaço, por exemplo, é visto como uma realidade virtual acessível por meio de computadores, onde a mente humana pode se conectar e explorar, servindo como uma metáfora para a interface entre tecnologia e humanidade. O pós-humanismo questiona os limites da natureza humana e a possibilidade de aprimoramento por meio de tecnologias como implantes cibernéticos. O hacktivismo é uma forma de resistência política e social, frequentemente adotada por hackers que desafiam o status quo. A distopia tecnológica é uma característica comum, revelando um mundo onde a tecnologia avança, mas a desigualdade, a vigilância e o controle governamental também crescem. A alienação e o isolamento são explorados, refletindo como a tecnologia pode levar à desconexão emocional.

A cultura cyberpunk transcende a literatura e se estende para a moda, música e jogos. Sua estética única combina elementos futuristas, urbanos e decadentes, enquanto sua trilha sonora é frequentemente composta por gêneros como synthwave e techno.

Além da literatura e do cinema, a cultura cyberpunk se expandiu para videogames, quadrinhos e outras formas de mídia. Outros jogos como "Deus Ex,"  e "Shadowrun" são exemplos notáveis de como a cultura cyberpunk influenciou a indústria de jogos.

O Futuro do Gênero

À medida que o gênero cyberpunk continua a evoluir, é provável que vejamos mais jogos, filmes, séries e literatura explorando os temas que o definem. O ressurgimento de "Cyberpunk 2077" não apenas trouxe o gênero de volta ao centro das atenções, mas também destacou a necessidade de equilibrar a expectativa dos fãs com a entrega de produtos de alta qualidade.

Em resumo, "Cyberpunk 2077" representou um momento significativo na cultura pop e nos videogames, reintroduzindo o gênero cyberpunk a uma nova geração e estimulando uma reflexão mais profunda sobre os desafios e as promessas de um futuro cada vez mais tecnológico. À medida que continuamos a explorar os limites da tecnologia, é certo que o gênero cyberpunk permanecerá como um espelho provocativo de nossa relação com o mundo digital.

 

 

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